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    Lisboa, 18 Nov (Lusa)

    A Associação Cívica (dos autarcas portugueses em França) e a Comissão da Participação Cívica e Política do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) vão lançar uma campanha para o recenseamento dos portugueses no estrangeiro.

        Divulgada oficialmente a partir de quinta-feira na RTP Internacional, SIC Internacional, televisões, rádios e jornais locais nas comunidades, a campanha tem por objectivo promover a participação dos portugueses no estrangeiro nas eleições europeias de Junho de 2009.

        Para já, o spot da campanha pode ser visto no site de partilha de vídeos Youtube, onde surgem vários portugueses a explicar as vantagens de se recensearem e é dada informação de como se podem inscrever nos cadernos eleitorais.

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        "A grande maioria das televisões, rádios e jornais locais da Europa aceitaram ser nossos parceiros nesta campanha", disse à Agência Lusa Paulo Marques, presidente da Cívica.

        O responsável, também presidente da Comissão da Participação Cívica e Política do CCP, disse que esta iniciativa surgiu na sequência de uma campanha idêntica que a Cívica organizou para as eleições autárquicas de Março, em França.

        "A campanha de 2006/07 permitiu, em França, o recenseamento de mais 27 por cento de portugueses sem nacionalidade francesa, o que significa mais 10 mil inscritos", indicou Paulo Marques.

        Além do recenseamento, o responsável disse ainda esperar "que haja também candidatos portugueses nas listas para as eleições europeias em todos os países da UE".

        Sublinhando que o recenseamento só pode ser feito até 31 de Dezembro, Paulo Marques destacou também que os portugueses têm de escolher na altura se querem votar nos candidatos do país de residência ou nos do país de acolhimento.

        "O importante é participarem", acrescentou.

        De acordo com Paulo Marques, existem em França mais de 81 mil portugueses sem nacionalidade francesa inscritos nos cadernos eleitorais, num universo de 500 mil.

        O Conselho das Comunidades Portuguesas é o órgão de consulta do Governo em matéria de emigração.
    MCL. Lusa/fim


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  •  Lisboa, 31 Out (Lusa) -
    A comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos está muito envolvida nas eleições presidenciais norte-americanas e, nos últimos tempos, milhares de luso-descendentes recensearam-se para poderem votar, adiantaram os conselheiros das Comunidades Portuguesas naquele país.

        "Temos muita gente que já participa activamente nas campanhas. Há nesta eleição um grande interesse", disse à Agência Lusa o conselheiro Elmano Costa, de 52 anos.

        Lamentando que muitos portugueses ainda "não participem por não serem cidadãos norte-americanos", este professor universitário residente na Califórnia sublinha que "está a ver-se uma grande mudança na comunidade, muitos estão a tornar-se cidadãos norte-americanos e a recensearem-se".

        Para Elmano Costa, que vive nos Estados Unidos há 42 anos e votou Barack Obama nas Primárias, "votar é o fim da campanha" porque "há muitas outras formas de participar, designadamente dando fundos".

        "Há também alguns que participam directamente andando de porta em porta a dar informações ou telefonando para as pessoas para chamar a atenção para determinado candidato", afirmou.

        Questionado sobre as tendências políticas dos portugueses, Elmano Costa disse que são muito extremas porque estão "absolutamente de um lado ou do outro".

        "Os que têm dinheiro e negócios são republicanos a sério e os que trabalham em fábricas são democratas a sério", disse.

        A questão do Iraque, um sistema de saúde e a crise financeira são os problemas que, segundo o conselheiro, a comunidade portuguesa gostava que o novo Presidente resolvesse.

        O conselheiro Claudionor Salomão, de 69 anos e residente em Boston, também afirmou que os portugueses naquela região estão "bastante envolvidos" nas campanhas.

        "Dão apoio a determinado candidato do seu agrado. Há pessoas que estão mais envolvidas no financiamento porque as eleições exigem muito capital. Dentro das suas possibilidades, o cidadão menos abastado também ajuda na organização de jantares e encontros para angariar fundos", afirmou o conselheiro que reside há 40 anos nos Estados Unidos e que vai votar Obama.

        Também em Massachusetts, José Luís Pacheco, de 64 anos, garantiu que a comunidade está a participar nas campanhas eleitorais e sublinhou que "há milhares e milhares de portugueses a naturalizar-se, não só para terem direito ao voto, mas também para se integrarem na vida política".

        A residir há 45 anos nos Estados Unidos, o conselheiro assegurou que a comunidade portuguesa "acredita que Obama vai ser o futuro Presidente dos Estados Unidos".

        "Estamos cansados do Partido Republicano. Necessitamos de uma mudança e tenho para mim que o futuro Presidente, sem dúvida, será o Obama. Todos temos esperança que seja um líder de mudança na segurança social e na saúde, porque há milhões de norte-americanos sem seguro de saúde e ele está a garanti-los às pessoas", disse.

        Em Connecticut, os portugueses "dividem-se no sentido de voto: partilham os ideais do Partido Democrata, mas por vezes, em questões pontuais, há um pequeno núcleo de portugueses que adere e alinha pelos ideais republicanos", disse à Lusa o conselheiro Manuel Carrelo, 55 anos.

        De acordo com o conselheiro, a residir há 16 anos nos Estados Unidos, "devido à crise vai ser muito difícil pensar republicano nas eleições de Novembro".

        Por isso, considera que Barack Obama é o candidato ideal para a Casa Branca.

        A Agência Lusa tentou falar também com o conselheiro José João Morais, mas não foi possível.

        O Conselho das Comunidades Portuguesas é o órgão de consulta do Governo em matéria de emigração.


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  • Lisboa, 02 Nov (Lusa) - Pelo menos duas dezenas de candidatos de origem portuguesa concorrem terça-feira a lugares nas legislaturas estaduais norte-americanas em pelo menos sete estados, a maioria com as cores democratas e fé na vitória de Barack Obama.

        Além dos estados com forte presença portuguesa como Massachusetts e Rhode Island, que concentram a maioria dos candidatos, há também luso-descendentes na corrida para os senados e congressos estaduais do Arizona, Califórnia, Colorado, Connecticut e New Hampshire.

        Em Rhode Island, a representação política de origem portuguesa, actualmente com quatro senadores e 10 deputados estaduais, será reduzida.

        A derrota nas primárias de Setembro de Stephen Alves e a desistência do cargo de Paul Moura deixarão no senado estadual apenas os senadores Daniel da Ponte, que concorre sem oposição, e a senadora Teresa Paiva-Weed, que deverá ser reeleita.

        Daniel da Ponte, que se candidata a um sexto mandato, não se mostra preocupado com a redução da representação lusa na legislatura estadual.

        "Não é só uma questão dos portugueses e luso-descendentes que são eleitos, mas também de serem eleitos aqueles que respeitam a comunidade", disse à Lusa Daniel da Ponte, apontando como exemplo o caso do professor americano Frank Vale, que é casado com uma luso-descendente e tem trabalhado com os portugueses.

        O senador aposta para o próximo mandato em medidas e propostas que ajudem a crescer a economia e a superar os efeitos da crise financeira, que, segundo afirma, está a afectar Rhode Island mais que qualquer outro estado norte-americano.

        Apoiante de Barack Obama, acredita que a sua eleição para presidente trará aos Estados Unidos uma imagem e ideias "completamente diferentes".

        "Vivemos num mundo global e não podemos impor o nosso sistema democrático ou financeiro a outros países", sustentou, mostrando-se esperançado que a comunidade portuguesa de Rhode Island, historicamente democrata, vote massivamente em Obama.

        A mesma esperança alimenta a senadora Teresa-Paiva Weed, que entrou para o senado em 1992 e em 2004 foi eleita a primeira mulher de Rhode Island líder da maioria.

        Contribuir para que o governo estadual seja "tão responsável e compassivo quanto possível" é o lema que inspira a senadora à partida para novo mandato.

        "Quero assegurar que há uma rede de segurança para cuidar dos mais vulneráveis", disse Teresa Paiva-Weed à Lusa, sublinhando que os habitantes de Rhode Island partilham a mesma crença e por isso, acredita, darão o seu voto a Obama.

        À reeleição para a assembleia legislativa de Rhode Island concorrem oito congressistas de ascendência portuguesa - Gordon Fox, Charlene Lima, Debora Fellela, Edwin Pacheco, Agostinho Silva, William São Bento e Hélio Mello.

        Os deputados Joseph Amaral e Henry Rose não se recandidataram.

        Rhode Island concentra o maior número de portugueses entre sua população: no censo de 2000, mais de 100 mil habitantes declararam ter ascendência portuguesa.

        Sem comunidade portuguesa organizada, o estado do Colorado assistirá terça-feira àquela que será a última eleição da senadora democrata luso-descendente Jennifer Veiga.

        A senadora, que em 1996 foi eleita para o congresso estadual e posteriormente para o senado, tem a eleição praticamente garantida, mas este será o seu último mandato.

        Em mais de 12 anos de legislatura estadual, Jennifer Veiga "abraçou" causas que vão dos direitos dos cidadãos, ao desenvolvimento económico e à protecção do consumidor.

        Para as eleições de terça-feira, Jennifer Veiga aposta na vitória de Obama, que acredita trará "credibilidade internacional aos Estados Unidos através do diálogo e da diplomacia".

        Em Massachusetts, o também democrata Marc Pacheco tem eleição garantida para o senado, uma vez que concorre sem oposição.

        Para o congresso estadual concorrem à reeleição os democratas Kevin Aguiar, António Cabral, John Fernandes e Michael Rodrigues e à procura pela primeira vez de um lugar na legislatura surge o jovem candidato independente Jacob (Jake) Ferreira.

        No Connecticut, candidata-se a senador o independente Manuel Batáguas, na Califórnia concorre a um lugar de deputado com as cores do partido republicano Jim Silva, no Arizona recandidata-se o democrata Phil Lopes e em New Hampshire o republicano Joaquim Duarte.


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  • Lisboa, 02 Nov (Lusa) - A campanha de Barack Obama angariou cerca de 6.400 dólares (cinco mil euros) até ao final da semana na página na Internet dedicada aos luso-descendentes que o candidato democrata à Casa Branca tem no seu "site" oficial.

        "Bem-vindo aos 'Luso-Americanos por Obama/Biden'. Vamos usar esta página como um fórum de discussão sobre como nós, luso-descendentes, podemos trabalhar juntos para eleger Barack Obama como o nosso próximo presidente - a melhor escolha para a nossa comunidade, a nossa nação e o mundo", é a mensagem que se lê quando se entra na página.

        Inserida num espaço do "site" oficial de Barack Obama dedicado a eleitores de outras origens, a página dedicada aos luso-descendentes tem, além do fórum de discussão, um blog, uma lista dos membros inscritos e os eventos que já foram organizados.

        Até ao final da semana, o blog tinha mais de 280 entradas e foram registadas mais de 930 chamadas telefónicas a apelar para o voto em Obama.

        Em "Luso-Americanos por Obama/Biden" é ainda possível convidar amigos a entrar como membros e recensear cidadãos para poderem votar.

        Além de portugueses, o "site" oficial de Barack Obama tem também espaços reservados para as comunidades africana, árabe e asiática, entre outras.

        O "site" do candidato republicano John McCain tem também espaços para comunidades estrangeiras residentes nos Estados Unidos, mas não dispõe de nenhum reservado para a comunidade portuguesa.

    MCL.


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