• Paris, 15 mar (Lusa) - Vinte e cinco candidatos de origem portuguesa poderão passar à segunda volta das eleições regionais francesas, afirmou hoje à agência Lusa em Paris o presidente da Associação de Autarcas de Origem Portuguesa em França (Civica), Paulo Marques.

    Entre os mais de 20 500 candidatos, nas 254 listas que se apresentaram à primeira volta das regionais de domingo, 84 eram de origem portuguesa.

    De acordo com uma análise provisória dos resultados da primeira volta, 12 candidatos de origem portuguesa integram as listas da União para um Movimento Popular (UMP, direita) e da Frente Nacional (FN, extrema direita), nas regiões onde estes partidos obtiveram mais de 10 por cento de votos, o mínimo legal para passar à segunda volta.

    À esquerda, poderão passar à segunda volta 12 candidatos de origem portuguesa inscritos nas listas do Partido Socialista (PS), Europa Ecologia (EE) e Novo Partido Anticapitalista (NPA).

    Paulo Marques sublinhou que «os franceses de origem portuguesa perdem o lugar rapidamente» nas listas conjuntas do PS com os aliados de esquerda e é possível que sejam «sacrificados» nas negociações que começaram já hoje para a composição de listas para a segunda volta das eleições, no próximo domingo.

    Os quatro candidatos de origem portuguesa do MoDem, o projeto democrata cristão liderado por François Bayrou, ficaram pelo caminho, uma vez que as listas deste partido não atingiram o mínimo de cinco por cento de votos para que pudessem integrar, na segunda volta, uma das listas vencedoras do primeiro escrutínio.

    O PS, com 30 por cento de votos, é a maior força política de França após a primeira volta das eleições regionais de domingo, com a abstenção a registar um nível recorde de 53 por cento.

    Os ecologistas da EE consolidaram a posição de terceira força política francesa e a FN registou uma subida substancial, passando à segunda volta em 12 das 22 regiões metropolitanas.

    PRM.


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  • Candidatos Franceses de origem Portuguesa garantidos de estarem na segunda volta de Domingo 21 de Março de 2010

    1. Bruno Subtil (FN - Champagne Ardenne)
    2. Christophe Alves (UMP - Midi Pyrénées) - 20/34
    3. Cristela de Oliveira (UMP - Île de France) - 11/23*
    4. Denise Barbosa (FN Pays de la Loire) - Lista não passou os 10%
    5. Marie Christine Cardoso (FN - Poitou Charrente) - Lista não passou os 10%
    6. Johnny da Costa (UMP - Île de France) - 16/23
    7. Brigitte dos Santos (FN - Île de France) - Lista não passou os 10%
    8. Daniel dos Santos (FN - Île de France) - Lista não passou os 10%

    Candidatos Franceses de origem Portuguesa que se podem manter apos coligação (PS, Europe Ecologie e PC)

    1. Manuel Santiago (Europe Eco - Alsace) - Não é candidato na segunda volta.
    2. José Almeida (PC - Bourgogne) - Candidato 15/19
    3. Carlos Oliveira (PC - Bourgonhe) - Candidato 9/11
    4. José Da Silva (PC - Bourgonhe) - 13/14
    5. Filipe Ferreira Sousa (PS - Centre) - Não é candidato na segunda volta.
    6. Paulo Serge Lopes (Europe Eco - Nord Pas de Calais) - Candidato* 31/74*
    7. Diana da Conceição (Europe Eco - Nord Pas de Calais) - Candidata 60/74
    8. Marie Noelle Costa (PS - Nord Pas de Calais)* - Candidata 73/74
    9. Dora Marques (PS - Nord Pas de Calais) - Não é candidata na segunda volta.
    10. Anne Ferreira (PS - Picardie) - Candidata* 1/19*
    11. Patrice Carvalho (PS - Picardie) - Candidato 25/25
    12. Veronique Moreira (Europe Eco - Rhônes Alpes 69) - Candidata* 2/45*
    13. Carlos Lopes (Europe Eco - Île de France) - Não é candidato na segunda volta.
    14. José Tomas (Europe ECO - Île de France) - Não é candidato na segunda volta.
    15. Henrique Pinto (Europe Eco - Île de France) - Não é candidato na segunda volta.
    16. Sandra da Silva Pereira (PC - Île de France) - Não é candidato na segunda volta.
    17. Sophie Cerqueira (PS - Île de France) - Não é candidato na segunda volta.
    18. Marie Christine Carvalho (PS - Île de France 91) - Candidata*

    As novas listas são apresentadas na terça-feira dia 16 de Março até as 18 horas (França).


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    Journal de 13 Heures - Votes pour les Régionales

     

    Paris, 13 mar (Lusa) - O presidente da Associação de Autarcas de Origem Portuguesa (Civica) em França, Paulo Marques, considerou hoje que a campanha «portuguesa» para as eleições regionais francesas de domingo «foi quase nula».

    Num esforço de sensibilização da comunidade portuguesa para a importância da participação política, a Civica lançou na sexta feira, através das rádios locais e por correio eletrónico, um apelo para que os jovens luso-descendentes votem no domingo com a camisola da seleção de futebol de Portugal vestida.

    «Muitos jovens já vão à escola com a camisola da seleção. Se forem votar, e forem muitos, chamarão a atenção de quem estiver nas mesas de voto. Será um alerta para os autarcas», declarou Paulo Marques à agência Lusa, em Paris.

    «Os temas da campanha nestas regionais são os que nos dizem respeito e a participação portuguesa e a originalidade de uma campanha dirigida aos portugueses podia ser uma mais-valia», salientou o responsável da Civica e ex-autarca de Aulnay-sous-Bois, município dos arredores de Paris.

    Paulo Marques, empresário e ex-candidato pela União para um Movimento Popular (UMP, direita), lamentou a «falta de visibilidade» da comunidade portuguesa neste escrutínio e sublinhou que «a verdade é que as regionais são eleições para os franceses».

    Os residentes estrangeiros de origem comunitária com cidadania francesa têm direito a voto nas eleições locais, desde 2001, «por obrigação dos tratados da União Europeia», salientou Paulo Marques, mas os direitos cívicos e políticos não são alargados, em França, para o voto nas eleições regionais, legislativas e presidenciais.

    A Civica identificou 84 candidatos de origem portuguesa nestas regionais, em que as 254 listas concorrentes abrangem mais de 22 500 candidatos para as 26 regiões (22 na França Metropolitana e quatro nos territórios franceses ultramarinos).

    Paulo Marques recordou que, em 2004, nas anteriores eleições regionais, «houve uma campanha dirigida à comunidade portuguesa, com cartazes específicos» na região de Île de France (que inclui a grande Paris e periferia), onde se concentram a maior parte dos emigrantes portugueses e luso-descendentes.

    «O objetivo era animar a comunidade e mostrar o potencial da participação nas eleições», explicou Paulo Marques. «Já nas legislativas de 2008 foi muito fraca a tónica portuguesa na campanha», acrescentou.

    Sobre o impacto da identidade nacional francesa, promovido pelo Governo francês, na campanha «portuguesa», Paulo Marques considerou que «alguns tiveram dificuldade em perceber» a oportunidade dessa discussão em geral, mas defendeu que «o momento é bom e tem que se falar dessa realidade que existe».

    «Eu não quero escolher entre o meu pai e a minha mãe. A realidade é que eu sou francês com uma forte costela portuguesa, como outros são de outras comunidades. Há um medo de reclamar essa origem mas, no seu todo, a comunidade portuguesa tem que ter uma postura visível», acrescentou Paulo Marques.

    As eleições regionais francesas são disputadas em duas voltas, no domingo e a 21 de março. Estão inscritos 44,28 milhões de eleitores, que votarão para escolher os conselheiros regionais. Por sua vez, os conselheiros regionais escolherão os presidentes das 26 regiões francesas para os próximos seis anos.

    PRM.

    *** Este artigo foi elaborado com base no novo Acordo Ortográfico ***


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  • Lisboa, 11 mar (Lusa) - Os portugueses radicados no estrangeiro enviaram no ano passado menos 215,66 milhões de euros para Portugal do que em 2008, com o valor a aproximar-se dos 2269 milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal.

    Em 2008, o montante enviado para Portugal pelos emigrantes foi de cerca de 2485 milhões de euros, já então em queda anual, mas inferior em menos de metade à registada no ano passado.

    A maior queda de remessas verificou-se de França - menos 97,69 milhões de euros - embora este país continue a ser a principal fonte de remessas de emigrantes para Portugal, com 885,34 milhões de euros, seguido da Suíça, com 530,74 milhões de euros.

    Entre os países da União Europeia com dados individualizados, só de Espanha as remessas aumentaram - de 126,23 milhões de euros para 129,69 milhões de euros.

    Com este aumento, Espanha ultrapassou, aliás, em 2009, os Estados Unidos e a Alemanha, que até agora eram os terceiro e quarto países, respetivamente, de onde provinham maiores remessas.

    Dos Estados Unidos chegaram 126,89 milhões de euros enviados por emigrantes, menos 44,57 milhões de euros do que em 2008, e da Alemanha 120,41 milhões de euros, menos 27,2 milhões de euros.

    O envio de dinheiro para Portugal diminuiu também de países como o Reino Unido (menos quase 40 milhões de euros), Canadá e Brasil, estes com menor significado, tendo aumentado as remessas do Luxemburgo e estabilizado as oriundas da Venezuela.

    Dos países não contabilizados individualmente, tratados em grupo como "do Resto do Mundo", o fluxo de remessas dos emigrantes também aumentou, passando para 155,23 milhões de euros, contra 128,32 milhões de euros em 2008.

    O envio de dinheiro de imigrantes em Portugal para os seus países de origem também caiu em 2009, para 539,64 milhões de euros, quando a tendência nos anos anteriores tinha sido de aumento. Em 2008, esse montante foi de quase 580 milhões de euros.

    ANP.

    *** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***


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  • Paris, 10 mar (Lusa) - Mais de oitenta candidatos de origem portuguesa integram as listas às eleições regioinais francesas de 14 e 21 de Março, afirmou à agência Lusa em Paris o presidente da Associação de Autarcas de Origem Portuguesa (Civica) em França, Paulo Marques.

    “A participação lusa é cada vez mais forte e visível”, afirmou Paulo Marques, reconhecendo que “a participação cívica dos portugueses em França perdeu o comboio por várias vezes” nos últimos actos eleitorais.

    Nas listas para as eleições regionais de 2010 contam-se 84 candidatos de origem portuguesa, “depois de retirados os candidatos que podiam ser de origem espanhola e com a verificação caso a caso” pela Civica, explicou Paulo Marques.

    “Fiquei estupefato com tanta mobilização, que indica uma resposta à sensibilização feita pela Civica junto dos dirigentes políticos franceses”, declarou o luso-descendente, empresário na área da contabilidade e gestão, ex-candidato em eleições anteriores e membro do Conselho das Comunidades Portuguesas.

    A Civica, salientou Paulo Marques, “fez um trabalho de promoção de novos talentos, foi a feiras de autarcas e teve audiências com os dirigentes de todos os partidos, exceto da Frente Nacional (FN)”.

    A região de Île-de-France, que inclui Paris e a periferia da capital, é a que regista a maior parte desses candidatos, com 22 nomes de origem portuguesa.

    Dos 84 candidatos, apenas três são da UMP (União para um Movimento Popular), o partido maioritário na actual legislatura. Pelo PS (Partido Socialista) francês concorrem nove nomes de origem portuguesa.

    Segundo Paulo Marques, “uma dezena de candidatos luso-franceses pode alcançar a meta final de serem eleitos conselheiros regionais, com três candidatos cabeça de lista distrital e 17 em lugares elegíveis” em toda a França.

    Um dos nomes com hipótese de eleição é o de Cristela de Oliveira, atual vice-presidente do município de Corbeil-Essonnes, da UMP.

    Tudo vai depender do jogo de alianças que acontece na semana entre a primeira e segunda volta das eleições, “após as coligações que prejudicam os candidatos lusos”, salientou Paulo Marques.

    Os números da participação política nos últimos anos indicam que “cada vez há mais candidatos de origem portuguesa” nas eleições legislativas e autárquicas, disse Paulo Marques. Em 2001 existiam 350 autarcas, em toda a França, e em 2008 cerca de 3500, referiu.

    O marco para a participação dos luso-descendentes foi 2001, primeira vez que os portugueses em França tiveram direito a voto nas eleições europeias, mas nesse escrutínio “a sensibilização para candidaturas portuguesas chegou tarde”, afirmou.

    Pelo contrário, “entre 2004 e 2010, houve passos muito largos na apresentação de candidaturas aos municípios, Conselhos Regionais e Conselhos Gerais”, acrescentou o responsável da Civica.

    Atualmente, uma das campanhas promovidas pela Civica é apelar aos jovens luso-descendentes para “levarem os pais a inscrever-se para votar”, explicou Paulo Marques.

    Desde 1999 que os jovens franceses maiores de 16 anos ficam automaticamente inscritos nos cadernos eleitorais. “Muitas vezes os seus pais, emigrantes portugueses em França, nunca se inscreveram como eleitores e não votam”, disse.

    Para Paulo Marques, “é importante que os candidatos de origem portuguesa tenham visibilidade, mesmo que não seja em lugares não elegíveis”.

    “Há dois nomes que normalmente são mais vistos numa lista de dezenas de candidatos: o primeiro e o último. Não é mau ser o ‘lanterna vermelha’, porque é esse que pode puxar o comboio”, concluiu Paulo Marques.

    PRM.


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