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Participação eleitoral portuguesa em França "multiplicou-se", diz lusoeleito Paulo Marques (C/VÍDEO)
*** Serviço áudio e vídeo disponível em www.lusa.pt)
Paris, 14 abr (Lusa) - A participação eleitoral portuguesa em França “multiplicou-se” desde as autárquicas de 2001, afirmou hoje à Agência Lusa em Paris o responsável da associação de lusoeleitos CIVICA.
“Começámos do nada”, recordou Paulo Marques, presidente da CIVICA, que esta semana assinala o décimo aniversário como associação.
De uma dezena em 1995, passou-se para cerca de 3500 lusoeleitos em toda a França, sublinhou Paulo Marques, que situa o momento de viragem nas autárquicas de 2001, onde os europeus, incluindo os portugueses radicados em França, tiveram pela primeira vez direito de voto.
“O que para nós é importante realçar é a reação de participação cívica e política de portugueses e franco-portugueses, em várias eleições, nas autárquicas, europeias e regionais”, referiu o presidente da CIVICA.
Paulo Marques recebeu hoje a visita do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, no certame dos autarcas de Île de France (a região de Paris), onde a CIVICA marca presença e assinala o seu aniversário.
O responsável da associação de lusoeleitos admite que é necessário continuar as campanhas de sensibilização junto dos emigrantes portugueses de primeira geração que não têm a nacionalidade portuguesa ou não estão inscritos nos cadernos eleitorais, notando que anualmente se inscrevem entre 15 mil a 20 mil portugueses.
“É pouco. Há ainda muito trabalho pela frente, nomeadamente (para as) legislativas com ministros e secretários de estado de origem portuguesa. A meta está à vista. Mas acelerou-se tudo nos últimos três anos e houve uma tomada de consciência de comunidade portuguesa em França”, frisou Paulo Marques.
“Há um universo de 300 ou 400 mil eleitores de origem portuguesa em França que votam em todas as eleições”, notou o autarca e empresário de origem portuguesa.
Paulo Marques acredita na possibilidade de a França poder ter um líder de origem portuguesa.
“Claro que sim”, declarou Paulo Marques, recordando o precedente de Pierre Mendes France, descendente de uma família judaico-portuguesa e primeiro-ministro francês em 1954-55.
PRM
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