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França: quatro candidatos à 2.ª volta
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Pedro Olavo Simões *<o:p></o:p>
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Seria, digamos, pouco razoável afirmar que os franceses vão decidir hoje os próximos cinco anos. Só o farão parcialmente, atendendo a que nada - da tradição às milhentas sondagens que sempre são divulgadas - faz crer que não esteja apenas a ser determinado quais os dois de 12 candidatos que irão disputar a segunda volta das eleições presidenciais.
Nicolas Sarkozy, saído do mesmo campo político do presidente cessante, Jacques Chirac, mas tido como mais conservador, é, segundo, praticamente todos os estudos de opinião, o único com presença praticamente garantida na fase seguinte. E, como também mostram as várias sondagens, também então será favorito, se bem que esses sejam prognósticos menos fiáveis, dado que muita água correrá sob as pontes e muitos serão os possíveis cenários de alianças a desenhar no futuro, sempre com uma incógnita principal que dá pelo nome de François Bayrou será ele a seguir em frente? Se ficar pelo caminho, apoiará Ségolène Royal? Ou Sarkozy? Ou nenhum dos dois?<o:p></o:p><o:p> </o:p>
Portugueses que decidem
De uma forma ou de outra, os vários candidatos piscaram o olho aos emigrantes portugueses e, em especial, aos luso-descendentes. Não é para menos. De acordo com estimativas, há cerca de 500 mil portugueses inscritos para o sufrágio de hoje, vedado, contrariamente ao que sucede em eleições locais, aos que não têm nacionalidade francesa. Apesar do empenho dos candidatos e de vários dirigentes associativos das comunidades, a cumprir-se o hábito, a mobilização do eleitorado português não será muito forte. <o:p></o:p><o:p> </o:p>
Não pensa assim Paulo Marques, da associação "Cívica" e apoiante confesso de Nicolas Sarkozy, que, citado pela Agência Lusa, diz que "pela primeira vez há grande envolvimento da comunidade portuguesa numa campanha presidencial".<o:p></o:p>
Também Gracinda Maranhão, que veste as cores de Ségolène Royal, diz que "este ano vai haver mais votantes da comunidade portuguesa". Os mais atentos a esta realidade foram Sarkozy e Le Pen e, ainda, Olivier Besancenot e José Bové, que foram entrevistados nos estúdios da Rádio Alfa, a principal voz da comunidade portuguesa.
22 Abril 2007<o:p></o:p>
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